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Voltar 19 de Abril de 2016

Garanta um rebanho livre de Aftosa

Bovinos e bubalinos de Rondônia e Roraima devem ser vacinados de 15 de Abril a 15 de Maio

Fonte: Google Imagens

 

A primeira etapa de vacinação contra Febre Aftosa em Rondônia e Roraima começa em 15 de Abril e vai até 15 de Maio. O Brasil é detentor do maior rebanho comercial e é o maior exportador de carne bovina do mundo. A vacinação dos bovinos e búfalos, seguindo o calendário oficial de cada estado, tem papel fundamental na erradicação e prevenção da doença, garantindo a saúde dos animais e evitando uma grave perda econômica para o setor agropecuário.   

Neste ano, a campanha foi iniciada em Março nos estados do Amazonas e Pará. Em Maio e Junho, será a vez dos animais dos demais estados brasileiros, exceto Santa Catarina, reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 

A estimativa é que aproximadamente 170 milhões de bovinos e búfalos sejam vacinados nesta primeira etapa da campanha em todo o País. O Brasil conta com um rebanho de 212 milhões de bovinos e bubalinos. No segundo semestre de 2015, a vacinação contra a Aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17%, de acordo com o Departamento de Saúde Animal do Mapa. 

Um dos objetivos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é ter o reconhecimento do status livre de Febre Aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em todo o País até maio de 2016. O último foco da doença no Brasil ocorreu em 2006, no Paraná e em Mato Grosso do Sul. O Brasil possui 23 estados e o Distrito Federal reconhecidos internacionalmente como livres de Febre Aftosa com vacinação. Mas, Santa Catarina ainda é o único estado considerado livre da doença sem vacinação.

O que fazer?

O pecuarista deve adquirir a vacina em uma revenda de produtos veterinários autorizada pelo Ministério da Agricultura a comercializar o produto.

As vacinas devem ser compradas e aplicadas nos animais durante o mês da campanha de vacinação no estado em que se sedia a propriedade.

Após vacinar os animais, o pecuarista deve entregar a declaração da vacinação em um escritório de atendimento da Agência de Defesa Sanitária de seu município. Fique atento ao prazo para a entrega, que varia de acordo com cada estado.

Os pecuaristas que não comprovarem a vacinação nos escritórios ficam sujeitos a multas e proibidos de comercializar os animais. 

Entenda a doença

A Febre Aftosa é uma doença que ataca várias espécies animais, porém, a bovina é a mais suscetível. Considerada uma doença extremamente contagiosa, ela pode ocorrer em animais de cascos fendidos, ocasionada por um vírus do gênero Aphthovirus, cujos sintomas são caracterizados por febre e lesões vesiculares, úlceras na boca, focinho, tetas, área interdigital e faixa coronária. 

Ao ser constatado um surto da doença, a Febre Aftosa provoca graves prejuízos para os pecuaristas, afetando diretamente na venda do produto. Outros países passam a embargar carnes desse local, fechando as suas fronteiras. Essa atitude provoca uma grave perda econômica para o país em surto, em prol de garantir a segurança dos animais de outras regiões.

Por isso, o Brasil desenvolve uma forte campanha de vacinação do rebanho bovino, com o objetivo de deixar o País livre dessa doença. Além da vacinação, o pecuarista deve estar atento ao seu rebanho, informando o Serviço de Defesa Sanitária Animal de qualquer suspeita da doença. A febre aftosa é considerada uma doença grave e sua notificação é obrigatória e imediata. 

Cuidados na hora da vacinação

Durante a vacinação, é necessário alguns cuidados para que a saúde do rebanho não seja prejudicada. A vacina contra Febre Aftosa possui uma substância densa e oleosa, e, por isso, deve ser aplicada de forma correta para não causar danos ao animal. Utilizada incorretamente, o antídoto pode formar um caroço no animal, advindo de uma inflamação provocada por seu sistema imunológico, que com o passar do tempo some.

Para evitar que este caroço apareça, o aplicador da vacina deve realizar o processo com calma, injetando o líquido entre a pele e o músculo da tábua do pescoço. Parte muito importante do processo é a higienização do animal antes da vacinação. Igualmente relevante é a esterilização de seringas e agulhas, as quais deverão ser utilizadas no máximo dez vezes e depois dispensadas.